"Filha da ciência e mãe da caridade! Fossem as sociedades civis como tu, ó, santa Maçonaria, e os povos viveriam eternamente numa idade de ouro. Satanás não teria mais o que fazer na terra, e Deus teria em cada homem um eleito."
(Cônego Januário da Cunha Barbosa)
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4 de agosto de 2015

IIr:.

     A despeito de ter conseguido galgar os graus mais altos da ordem maçônica, confesso que sinto-me muitas vezes como se jamais tivesse decolado, ou saído do lugar. 
     Meu "índice de tolerância" para aceitar, aquiescer e respeitar opiniões diversas, diferentes daquilo que eu penso e do que eu julgo correto, está próximo do ínfimo diante de tudo o que a Ordem nos ensina. Poucas vezes me dou conta disso... e quando caio em mim percebo quão pequeno e insignificante eu sou perante tudo o que me cerca. Diante do Universo que me abriga e de todos os exemplos que eu tenho no dia-a-dia, mas que muitas vezes passam desapercebidos por mim.
   
    Poderia soar como um sofisma, ou seja: o enunciado ou raciocínio que entretanto simula a veracidade. Mas não é nada disso. 

     Fato é, que ao me assumir tão limitado acabo percebendo, que há muito mais espaço para eu crescer....para eu melhorar como pessoa...e sobretudo para reconhecer o quanto eu preciso aprimorar os meus conceitos e me libertar de tantas amarras que ainda cerceiam os meus pensamentos. 
 
     Nessas horas é que me dou conta do espírito crítico que muitas vezes me faz até mal, das avaliações equivocadas e muitas vezes injustas que eu emito e do ar muitas vezes prepotente que de certa forma me tornam algozes de mim mesmo...

     Sempre levei comigo a ideia de que o exercício de pensar é o mais saudável de que dispomos na Vida, porém sinto que tenho infringido muitas vezes esse princípio, por não saber compartilhar do que vem dos outros e do que eu posso oferecer em contrapartida.

     Entretanto, entendo que ser reconhecido como Maçom é uma razão mais do que plausível para que eu possa rever os meus conceitos, restabelecer a minha Ordem ética e moral, e sobretudo me dar a chance de que eu possa ser reconhecido como alguém rigorosamente comum... "nem mais e nem menos que ninguém" . 

     Confesso que ao olhar-me no espelho e perceber que o Tempo necessariamente não se esculpiu no meu interior, não me leva a frustração alguma e nem ao descrédito para comigo mesmo, mas mostra sim que a pedra bruta, segue ainda muito longe de ser desbastada....e que com certeza jamais será polida.... porque o aprendizado é Infinito... e ser Aprendiz será sempre o meu Ofício...
 
     Quero sim é poder Aprender, cada vez mais com as outras pessoas, com outros exemplos, com outras provas que a Vida não se cansa de me mostrar....
 
     Algo mais ou menos como um filme, que relata a minha história, sem presente, passado ou futuro....mas simplesmente com o correr do Tempo que sempre se revela o arcabouço das minhas experiências.


Fraternalmente
Ir:. Newton Agrella

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